Imaculada Conceição de Maria e a Encarnação do Verbo

Solenidade da Imaculada Conceição

No dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, professando que a Mãe de Jesus foi concebida sem o pecado original, herança com que todos nasceram. A festa é celebrada no tempo litúrgico do Advento, de preparação para o Natal. Neste tempo somos chamados a esperar o Messias, e nesta espera preparar nosso Coração para acolher o Salvador que vem.

A Santa Igreja faz nos lembrar da Conceição de Maria justamente pela importância que se tem em preparar um lugar mais digno para o Menino Jesus que quer ser recolhido em nosso interior. Faz se necessário lembrar que Maria foi Imaculada não por mérito próprio e sim por Aquele que seria concebido em seu ventre. “Ele não conheceu pecado”.

Antes de narrar um pouco da história deste dogma, vou lhes contar algo: “Santa Berndete (7/01/1844-16/04/1879), menina iletrada, sempre disponível em ajudar os pais, bem religiosa, enfim; num dia quando foi buscar lenha, tem o primeiro encontro com a ‘Mulher’ há primeiro instante não se atenta da tamanha importância do acontecido, mas isto se repete outras vezes, esta então comenta com os pais que logo a proíbe de comentar algo do assunto. Devido a grandes “manifestações” o padre da cidade intervém e tem uma conversa com a ‘santinha’, este pede a ela que então pergunte o nome da ‘Mulher’ ela muito obediente pergunta, na qual responde: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Bernadete com medo de esquecer o nome, vai do local das aparições até a casa do padre repetindo o tempo todo: “Eu sou a Imaculada Conceição”... quando o encontra diz o nome. O sacerdote tendo conhecimento que Bernadete era analfabeta, sabia que ela não poderia ter ciência de algo que até então era só conhecido no meio do alto clero. Logo, então, vê a veracidade das aparições.”

É sabido que em 1854 o Papa Pio IX tinha proclamado solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Então, quatro anos depois, a própria Virgem Maria, em pessoa, quis confirmar este dogma. Foi quando em 25 de março de 1858, na festa da Anunciação, revelou seu Nome a Santa Bernadete nas aparições de Lourdes. Disse-lhe ela: ”Eu sou a Imaculada Conceição”. A partir daí, o padre Peyramale, que era o Cura de Lourdes, passou a acreditar nas aparições de Maria à pobre Bernadette, e com ele toda a Igreja.

“Na plenitude dos tempos, diz o Apóstolo, Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher”. (Gl 4,4). No ponto central da história da salvação se dá um acontecimento ímpar em que entra em cena a figura de uma Mulher. O mesmo Apóstolo nos lembra: “Não foi Adão o seduzido, mas a mulher” (1Tm 2,14); portanto, devia ser também por meio da mulher que a salvação chegasse à terra. Para isso foi preciso que Deus preparasse uma nova Mulher, uma nova Virgem, uma nova Eva, que fosse isenta do pecado original, que pudesse trazer em seu seio virginal o autor da salvação. A Mãe de Deus não poderia ter o pecado original.

“Para tornar a terra digna de trazer e receber seu Deus, o Senhor fez nascer na terra uma pessoa rara e eminente que não tomou parte alguma no pecado do mundo e está dotada de todos os ornamentos e privilégios que o mundo jamais viu e jamais verá, nem na terra e nem no céu”. O Anjo Gabriel lhe disse na Anunciação: ”Ave, cheia de graça”…”(Lc 1,28). Nesse cheia de graça, a Igreja entendeu todo o mistério e dogma da Conceição Imaculada de Maria. Se ela é cheia de graça, mesmo antes de Jesus ter vindo ao mundo, é porque é desde sempre toda pura, bela, sem mancha alguma; isto é, Imaculada.

Só lembrando a nós, Católicos, que esta solenidade é dia de guarda. Dia este que é prescrito no 3º Mandamento da Lei de Deus e 1º Mandamento da Igreja. Àquele que faltar a  Santa Missa neste dia está em pecado mortal. A não ser que, por uma causa prescrita aja dispensa.

Neste dia, proclamemos junto com São Maximiliano Maria Kolbe: “ACASO NÃO SABEIS, QUE EU SOU DA IMACULADA?”

Immaculata Conception, ora pro nobis.

por Hélder Rodrigues