Igreja Una Santa Católica e Apostólica


Lectio Divina - Domingo da Oitava de Natal - Sagrada Família

30/12/2017 20:24

Falar da Sagrada Família é lembrar que Deus quis nascer no seio familiar. Quis Ele crescer, amadurecer como qualquer outro ser humano; mostrando assim a proximidade do homem com Deus. "Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens." (Fl 2, 7-8)

O Evangelho narrado neste Domingo nos mostra uma família que escuta a Palavra de Deus, que procura concretizá-la na vida e que consagra a Deus a vida dos seus membros. Ótima reflexão para nós colocarmos em prática em nossa casa: que a Palavra seja o centro e que ofereçamos a Deus nossa vida em sacrifício e adoração.

O evangelista Lucas coloca dois personagens importantes neste cenário da apresentação de Jesus no Templo: Simeão e Ana. Dois anciãos que tem a vida entregue a Deus, com os olhos postos no futuro e capazes de perceber os sinais d’Ele. E que agora são testemunhas da presença libertadora de Deus para a humanidade.

É muito encantador o cântico de Simeão ao colocar em seus braços o Menino Jesus: Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo”. Todos os dias na Santa Missa vemos Deus, será que algum dia tivemos a sensação de dever cumprido e estar pronto para entrar na glória?

São José e Nossa Senhora ficaram maravilhados com as coisas que eram ditas do Menino. “O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia”.

Ana, uma viúva que não arredava o pé do Templo, também disse coisas maravilhosas acerca da Criança. Já antecipando um pouco da missão do Salvador de Jerusalém: “Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”.

A Sagrada Família é um exemplo para nós. Na atualidade famílias abastadas, mas com filhos desobedientes; já a família de Nazaré: "Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso”. Famílias cheias de afazeres e com a tecnologia de ponta, mas filhos cada vez mais afastados de Deus, na família de Nazaré: "O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele."

Neste último domingo e dia do ano civil peçamos a Sagrada Família que nos ensine a ter o Menino Jesus no centro e que Ele seja sempre o conselheiro de nossos lares.

Jesus, Maria e José nossa família vossa é!

 

Por Helder Rodrigues

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