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Série - Os Sacramentos - Crisma

Série - Os Sacramentos - Crisma

O Sacramento da Confirmação ou também chamado de Crisma, faz parte do conjunto dos “Sacramentos da iniciação cristã” juntamente com o Batismo e a Eucaristia.

Este sacramento traz em si a “confirmação”, o selo do Espírito, para nossa caminhada junto a Nosso Senhor Jesus Cristo e a Santa Igreja.

Ele é comunicado aos fiéis através da imposição das mãos.  Ao longo dos séculos, a Igreja continua a viver do Espírito e a comunicá-lo aos seus filhos. É chamado de Confirmação, porque confirma e reforça a graça batismal. 

O Catecismo nos ensina que “O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes. (At 2,11). Da mesma forma que o Espírito Santo veio aos Apóstolos, Ele vem também a nós, dando força para realizar o desejo de Jesus: Ir a todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura!

No rito deste sacramento, é dada a unção, sinal do selo espiritual.

“A unção, na simbologia bíblica e antiga, é rica de numerosas significações: o óleo é sinal de abundância, e de alegria, purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e lutadores): é sinal de cura, pois suaviza as contusões e as feridas e torna radiante de beleza, saúde e força.” (CIC 1293).

Assim somos assinalados com o Selo de Cristo, ao qual pertencemos pela sua morte e ressurreição dentre os mortos.

Como o efeito do sacramento da Confirmação é uma efusão especial do Espírito Santo, tal como outrora foi concedida aos Apóstolos, no dia de Pentecostes, o sacramento do Crisma proporciona crescimento e aprofundamento da graça batismal:

– enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos leva a dizer « Abba! Pai!» (Rm 8, 15);
–  une-nos mais firmemente a Cristo;
– aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
– torna mais perfeito o laço que nos une à nossa mãe Igreja;
– dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagarmos e defendermos a fé, pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessarmos com valentia o nome de Cristo, e para nunca nos envergonharmos de Sua cruz.

Assim como o Batismo, este sacramento é dado uma só vez, marcando espiritualmente para sempre o fiel.

Esta “marca” ratifica o sacerdócio comum dos fiéis já recibo no Batismo, e agora confirmado levando-o a confessar a fé no Cristo Ressuscitado em público e corajosamente em meio a este mundo.

Também chamado de Sacramento da maturidade Cristã, o Crisma deve ser dado a todos aqueles que estão, conforme a igreja latina, na “idade da discrição”, ou seja, a idade em que o fiel já esteja pronto para recebê-lo, o que não pode ser confundido com a maturidade natural do homem, como nos explica Santo Tomás de Aquino:

“A idade do corpo não constitui um prejuízo para a alma. Por isso, mesmo na infância, o homem pode receber a perfeição da idade espiritual de que fala a Sabedoria (4, 8): «A velhice honrada não é a que dão os longos dias, nem se avalia pelo número dos anos». E foi assim que muitas crianças, graças à fortaleza do Espírito Santo que tinham recebido, lutaram corajosamente e até ao sangue por Cristo”.

A formação para aqueles que vão ser confirmados na fé deve ser principalmente com o intuito de levar seus corações a uma perfeita união com Cristo e sua Dileta Esposa, a Igreja, bem como a comunidade paroquial.

Para recebê-lo é necessário estar em estado de graça, recorrendo ao sacramento da penitência, procurando ajuda espiritual de um padrinho ou madrinha, que também pode ser os mesmo do batismo, marcando assim o a unidade entre os dois sacramentos.

No rito latino, fica a cargo do Bispo conferir o Sacramento do Crisma, mas podendo, em caso de necessidade, deixar os presbíteros fazer por ele.

“Os bispos são os sucessores dos Apóstolos e receberam a plenitude do sacramento da Ordem. A administração deste sacramento feita por eles realça que ele tem como efeito unir mais estreitamente aqueles que o recebem à Igreja, às suas origens apostólicas e à sua missão de dar testemunho de Cristo.” (CIC 1313)

Com a força do Espírito Santo possas acreditar e nos lançar na graça de Deus, não nos conformando com este mundo, mas mudando conforme o pensamento e a vontade de Cristo como nos fala o Santo Padre Francisco, em sua homilia aos crismandos na Praça São Pedro:

“Permanecei firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Aqui está o segredo do nosso caminho. Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo, se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida.” (V Domingo de Páscoa, 28 de Abril de 2013)

Qual o rito essencial da Confirmação?

O rito essencial da Confirmação é a unção com o santo crisma (óleo misturado com bálsamo, consagrado pelo Bispo), feita com a imposição da mão por parte do ministro que pronuncia as palavras sacramentais próprias do rito. No Ocidente, tal unção é feita sobre a fronte do batizado com as palavras: «Recebe por este sinal, o Espírito Santo, o Dom de Deus». Nas Igrejas Orientais de rito bizantino, a unção faz-se também noutras partes do corpo, com a fórmula: « Selo do dom do Espírito Santo».

“O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes.” Tal efusão imprime na alma um carácter indelével e traz consigo um crescimento da graça baptismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais firmemente a Cristo e à sua Igreja; revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para testemunhar a fé cristã.

 

“Christus vincit, Christus regnat, Christus ímperat”

 

Por Leonardo de Souza



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